sábado, 12 de dezembro de 2009

Lágrima




Quando surge algo novo, parece que somos obrigados a romper com antigos paradigmas, antigas atitudes. Hoje acordei com um sentimento ruim, como se fosse perder algo importante, como se estivesse me despedindo de um antigo sonho. Sinto o adeus daquele que eu nunca tive certeza que fora meu, embora saiba que, no final das contas, ninguém nos pertence. Uma insegurança muito grande invade o meu íntimo e acabo tendo medo de não sonhar mais, de não me permitir a sensação de me entregar. Na verdade, a vida só tem graça mesmo para quem vive visceralmente. O olhar frio e discreto é aquele que mata os sentimentos e cala a alma. A distância do pensamento, não me refiro à distância física, é aquela que mais fere, que mais sangra. O que todos nós desejamos é a felicidade intensa. Eu desejo ser feliz, mas sinto hoje como se a minha felicidade estivesse dando adeus. É como se a minha felicidade tivesse descoberto um caminho mais fácil, mais imediato, sem trabalho, sem aridez. E tendo descoberto o caminho mais fácil, ela simplesmente vai embora. Vai embora... Sem despedidas, sem argumentos, sem promessas, sem palavras. Eis a grande aridez da vida. E nessa aridez que buscamos, simplesmente, a renovação das referências para um eterno sonhar.


Uma ótima semana a todos...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A sincronia de todas as coisas

    É impressionante notar a sincronia de todas as coisas, dos nossos pensamentos com as situações que nos cercam. Há alguns dias eu postei aqui a letra de uma música que lembrei do nada e que me emocionou profundamente. E essa semana, depois de ter feito o DVD do Fantasma da Ópera permanecer lacrado durante meses na estante, resolvi assistí-lo. E eis que me deparo com a música original, cuja versão que postei anteriormente foi adaptada por um cantor brasileiro. Será que a minha mente atraiu essa música? Ou será que aconteceu justamente o contrário? São indagações que realmente não tenho como responder agora.

   Mas, sobre o filme... Percebo nele uma grande dicotomia... Se por um lado entendo a amargura do Fantasma, pois o mesmo teria sido humilhado durante a infância por uma deformação no rosto, por outro, entendo que nada no mundo justifica o fato de querermos forçar alguém a alguma coisa. Mas o fantasma, a sua melancolia, a sua música, realmente encanta a alma de qualquer ser humano sensível. O Fantasma, por sua profunda beleza de alma, deixou a mocinha Christine confusa, pois ele habitava os seus sonhos... Embora Christine tenha demonstrado um amor verdadeiro pelo mocinho Raoul, no final, apesar de tudo, restou a rosa com a fita negra, a marca do Fantasma. É assim, o amor verdadeiro derruba a barreira do tempo... Nem mesmo  a morte pode destruir uma memória.




Raoul:


No more talk of darkness,
Forget these wide-eyed fears.
I'm here, nothing can harm you
My words will warm and calm you.
Let me be your freedom,
Let daylight dry your tears.
I'm here, with you, beside you,
To guard you and to guide you...



Christine:

Say you love me
Every waking moment,
Turn my head with talk of summertime...
Say you need me with you,
Now and always...
Promise me that all you say is true...
That's all I ask of you...



Raoul:

Let me be your shelter,
Let me be your light
You're safe - no one will find you
Your fears are far behind you...



Christine:

All I want is freedom,
A world with no more night
And you always beside me
To hold me and to hide me...

Raoul:

Then say you'll share with me
One love, one lifetime
Let me lead you from your solitude
Say you need me with you
Here, beside you
Anywhere you go, let me go too...
Christine,
That's all I ask of you...
Christine:

Then say you'll share with me
One love, one lifetime
Say the word
And I will follow you...


Both:

Share each day with me,
Each night, each morning...

Christine:
Say you love me...

Raoul:

You know I do...

Both:

Love me -
That's all I ask of you...
Anywhere you go
Let me go too...
Love me -
That's all I ask of you...



PHANTOM:

I gave you my music
made your song take wing
and now, how you've repaid me
denied me and betrayed me

He was bound to love you

when he heard you sing...



Christine...

Christine...



RAOUL/CHRISTINE:

Say you'll share with me

One love, one lifetime

Say the word and I will follow you...



Share each day with me,

each night, each morning...



PHANTOM:

She will curse the day

you did not do

all that the Phantom asked

of you . . .!





quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Noites claras...



Noites claras



Pois bem... Já há alguns dias tenho pensado neste final de ano e na suposta retrospectiva que fazemos naturalmente. Foi um ano de grandes desafios, uma reviravolta completa, tantas experiências, tantas decisões importantes que foram tomadas... Decisões necessárias, que já gritavam há muito tempo, que encontravam-se guardadas e que foram, aos poucos, colocadas no rumo certo.

Mais um fim de ano... Penso na minha vida, na correria habitual dessa época, nas milhares de provas a serem corrigidas, na tentativa de calma e serenidade para não cometer a injustiça. Sempre os finais de anos são para mim cansativos, tristes, ansiosos pelo novo ano, pela renovação, pela luta do velho ideal...

E não sei ao certo o porquê disso, mas durante as últimas semanas essa música não me sai da cabeça... Ela traz uma velha nostalgia, um sentimento acalentador de que um futuro próximo será de muita luz, de muita felicidade... Que as noites claras estejam presentes em minha consciência.


Olha nos meus olhos
Esquece o que passou
Aqui neste momento
Silêncio e sentimento
Sou o teu poeta
Eu sou o teu cantor
Teu rei e teu escravo
Teu rio e tua estrada


Vem comigo meu amado amigo
Nessa noite clara de verão
Seja sempre o meu melhor presente
Seja tudo sempre como é
É tudo que se quer


Leve como o vento
Quente como o sol
Em paz na claridade
Sem medo e sem saudade


Livre como o sonho
Alegre como a luz
Desejo e fantasia
Em plena harmônia


Eu sou teu homem, sou teu pai, teu filho
Sou aquele que te tem amor
Sou teu par, o teu melhor amigo
Vou contigo seja aonde for
E onde estiver estou

Vem comigo meu amado amigo

Sou teu barco neste mar de amor
Sou a vela que te leva longe
Da tristeza, eu sei, eu vou
Onde estiver estou
E onde estiver estou

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Time: A canção da adolescência






Hoje acordei com vontade de ouvir uma música... Time... Quando era adolescente, a escutava, mas possuía um entendimento diferente da letra... A minha visão é outra agora. Agora entendo que tudo tem a medida do seu tempo, as pessoas, as realidades, as visões políticas, os aspectos culturais, sociais e econômicos. E quanto aos sentimentos, num sentido poético, mais abstrato... Será que os sentimentos também têm o seu tempo? Será que têm um tempo certo de duração? Ou os sentimentos verdadeiros são eternos, capazes de se alimentarem dia-a-dia? Será que o amor se alimenta a cada dia, a cada ano, a cada ciclo? Será que existe amor eterno? Ou apenas não conseguimos segurar o tempo? 


São perguntas complexas, alimentadas e experimentadas em meu coração. São perguntas que somente a experiência poderá trazer as respostas... Talvez as respostas também estejam em meu coração... Ou quem sabe ainda, elas se perderão no tempo...



Lembro-me da menina, cabelos grandes, rebelde, carregando o CD de capa vermelha, com a imagem de um anjo... E ela simplesmente cantava:


"This time I wanna know what life means...
... to live it again
I'm looking forward, feel the light shine in my eyes
And now I know, my instincts were not wrong
And many things can be done
I don't believe now
That I'm dreaming alone

Oh, we're searching for the love
that everyone's got, but can't see
Oh, beyond the flesh and blood
there's so much hidden behind
as so much more we've gotta give...

Sanity brings up the sadness
that keeps your illusions locked in a little box
Fright comes, you find yourself lonely
in a cage of conclusions crowding your mind
You sit back bowing your head
Every answer - yes
Why don't you trust me and shed out your fears,
Running over the tears you've contained
now cover up your eyes
- Is it good for you?

I will be here when fire burns!

Welcome on board
over here is the ship of your life
So rotten that will cast away
I'll be your sweet lullaby all night
And if you get lost you can hold my hand...

And I'll be here when fire burns
(Inside your heart)
Climb up the hills and mountains,
don't forget what you've learned!

Life makes us feel the time we cannot hold
Time makes us live a tale already told
Time makes us heal a feeling inside
a feeling that lies in our heart
that we stole away...

And I'll be here when fire burns
(Inside your heart)
Climb up the hills and mountains,
don't forget what you've learned!

Life makes us feel (life makes us feel)
The time we cannot hold
Time makes us live (time makes us live)
A tale already told
Time makes us heal (time makes us heal)
A feeling inside
a feeling that lies in our heart
that we stole away"...




Desejo a todos um tempo repleto de consciência e serenidade...


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A esperança do Cavaleiro de Copas


 

Perseu - O Cavaleiro de Copas

 
 
     Perseu foi o herói mítico da Grécia que decapitou a Medusa, monstro capaz de transformar em pedra qualquer um que olhasse em seus olhos. Perseu eraum dos filhos de Zeus, que sob a forma de uma chuva de ouro, entrou na torre de bronze e engravidou Danae (Dânae), a filha do rei de Argos, que era mortal. Perseu e sua mãe foram banidos pelo avô, Acrísio, que temia a profecia de que seria assassinado por seu neto, atirando-os numa urna para que se levasse os dois para bem longe.
     Protegida por Zeus, a embarcação chegou a ilha de Serifo, sendo encontrada por um pescador, Díctis, irmão do rei de Serifo. Perseu e sua mãe viveram na casa de Díctis e sua esposa por anos, até que um dia, o rei, Polidectes, quando passava pela casa de seu irmão resolveu visitá-lo. Ao ver Dânae, se apaixonou e quis se casar com ela. Perseu se tornou um grande homem, forte, ambicioso, corajoso, aventureiro e protetor da mãe. Polidectes, com medo da ambição de Perseu levá-lo a lhe tirar o trono, propôs um torneio no qual o vencedor seria quem trouxesse a cabeça da Medusa, e o instinto aventureiro de Perseu não o deixou recusar.
     Ele, conhecendo a sua mãe, disse que iria participar do torneio, mas não disse que enfrentaria a Medusa, com receio dela impedí-lo. Experimentou a vitória graças à ajuda de Atena, Hades e Hermes. Atena deu a ele um escudo tão bem polido, que se podia ver o reflexo ao olhar para ele, Hades lhe deu um capacete que torna invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, dois objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu. Então Perseu, guiado pelo reflexo do escudo, mas sem olhar diretamente para a Medusa, derrotou-a cortando sua cabeça, que ofereceu à deusa Atena. Diz a lenda que, quando Medusa foi morta, o cavalo alado Pégaso e Crisaor surgiram de seu ventre.
     Na volta para casa, matou um terrível monstro marinho e libertou a linda Andrômeda, com quem se casou. Conforme a profecia, Perseu acabou assassinando o avô durante uma competição esportiva, em que participava da prova de arremesso de discos. Fazendo um lançamento desastroso, acertou acidentalmente seu avô sem saber que ele estava ali. Assim cumpriu-se a profecia que Acrísio mais temia. Apesar disso Perseu se recusou a governar Argos (trocando de reinos com Megapente filho de Preto) e governou Tirinto e Micenas (cidade que fundou), estabelecendo uma família cujos descendentes incluíam Hércules.
 
 
 
O Tarô mitológico
 
 

 
 
     Na carta do cavaleiro de Copas, encontramo-nos com a dimensão volátil, sensível e mutante do elemento água, a água plena de vida e sempre em movimento.
  
     Perseu, o cavaleiro de Copas, é a imagem do espírito romântico, o salvador das mulheres em perigo, o adorador do amor, da beleza e da verdade, e o defensor dos nobres ideais, que incessantemente procura pelo amor perfeito existente apenas no âmago da alma, mas que parece estar muito próximo, especialmente no coração da pessoa amada.
 
     O espírito romântico do cavaleiro de Copas personifica as boas intenções, o idealismo, a retidão de caráter, a bondade e a generosidade das pessoas, cuja essência está sempre disposta a sacrificar tudo em nome de um ideal ou em nome da pessoa amada.
  
     O cavaleiro de Copas se movimenta sempre em busca de um amor sagrado.
 
     Entretanto, os relacionamentos sexuais dessa figura devem estar sempre associados ao amor e a um determinado tipo de êxtase espiritual. A simples satisfação carnal não interessa, pois sua essência é relacionada ao amor cortês, onde o cavaleiro honra a sua bela dama e faz dela a sua eterna inspiração, símbolo de toda vida e perfeição.
  
     Perseu difere dos outros heróis gregos por causa de seus ideais nobres e por sua adoração às mulheres. Contrariamente à figura de Hércules, que enfrenta os desafios para se redimir de uma culpa, Perseu vai ao encontro do destino por causa do amor, inclusive o amor maternal.
 
     Esta carta simboliza a chegada de um sentimento romântico puro, espritual, a dimensão mágica do amor, personificada na presença de um jovem idealista.
 
 
 
      E assim, a esperança reina em meu coração...
     Que a Humanidade experimente, nesse momento, a sublime suavidade da LUZ!
 
 

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Blinded no more


Uma estrada a percorrer...

      A sensação que experimento agora é a de alguém que retira a venda dos olhos... Observa ao seu redor, e vê com clareza uma estrada verdadeira que se ergue pela frente. Carrego, junto a mim, esperança , pensamentos bons, serenidade, temperança, vida, desejo e VONTADE. Há muito tempo não sabia o que era isso, me sentia morta, como se em minha vida uma parte estivesse estática, ferida, um machucado que não curava.
     E agora, mesmo com o coração sangrando, eu sigo em frente. Sinto que há uma luz muito intensa me esperando, uma luz verdadeira e real. É a luz da consciência, a luz da verdade. Foi tão difícil encarar a verdade, foi tão difícil tomar uma decisão... Mas só posso dizer que não quero mais cegueira em minha vida, eu quero enxergar a luz da verdade, ainda que ela fira momentaneamente os meus olhos. A verdade, a consciência e a vontade... É tudo que pretendo manifestar agora nesse meu caminho, nessa minha estrada.


Que a Luz habite o coração de todos os seres desse mundo!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um dia de felicidade e caos

Parece até fim de uma dependência... Posso dizer: Mais um dia...






Um dia de felicidade...


A professora chega desanimada na escola. Recolhe o seu material, está sem vontade, mas mesmo assim reúne forças para cumprir a sua missão. Chega ao pátio da escola e recebe uma linda homenagem. Os alunos batem palmas, seus olhos experimentam as lágrimas... O aluno que a homenageia diz: "Você é especial porque tem paciência conosco". 


O dia dos mestres... A oração na escola religiosa... A busca da LUZ.







Um dia de tristeza...


Quando nos despedimos de alguém que fez parte da nossa história durante cinco anos, parece que um pedaço nosso vai embora também... Resta o imenso vazio... Restam as dores, a sensação de se sentir desprezada... O olhar frio, distante, a ausência de atenção, a inércia, a aceitação... Simplesmente ele aceitou... Ele queria ir embora... Só não tinha coragem... Não queria aceitar... Esperou a atitude de minha parte... Agora vou me deitar e levar comigo essa tristeza. Fico triste nesta noite... Mas fico feliz por saber que amanhã será um outro dia... Fico feliz por saber que apesar da tristeza estou me mantendo forte.. Amanhã será um outro dia, o sol nascerá... E quem sabe, dias melhores virão...

Um mesmo dia e duas experiências tão distintas. O amor e o desprezo, o calor e o frio, a felicidade e a tristeza. Vou dormir com a minha tristeza agora, mas estou certa da felicidade do amanhã.




Desejo Luz para a Humanidade...
Desejo Paz para o meu coração...