sábado, 12 de dezembro de 2009

Lágrima




Quando surge algo novo, parece que somos obrigados a romper com antigos paradigmas, antigas atitudes. Hoje acordei com um sentimento ruim, como se fosse perder algo importante, como se estivesse me despedindo de um antigo sonho. Sinto o adeus daquele que eu nunca tive certeza que fora meu, embora saiba que, no final das contas, ninguém nos pertence. Uma insegurança muito grande invade o meu íntimo e acabo tendo medo de não sonhar mais, de não me permitir a sensação de me entregar. Na verdade, a vida só tem graça mesmo para quem vive visceralmente. O olhar frio e discreto é aquele que mata os sentimentos e cala a alma. A distância do pensamento, não me refiro à distância física, é aquela que mais fere, que mais sangra. O que todos nós desejamos é a felicidade intensa. Eu desejo ser feliz, mas sinto hoje como se a minha felicidade estivesse dando adeus. É como se a minha felicidade tivesse descoberto um caminho mais fácil, mais imediato, sem trabalho, sem aridez. E tendo descoberto o caminho mais fácil, ela simplesmente vai embora. Vai embora... Sem despedidas, sem argumentos, sem promessas, sem palavras. Eis a grande aridez da vida. E nessa aridez que buscamos, simplesmente, a renovação das referências para um eterno sonhar.


Uma ótima semana a todos...

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